“O Ministério da Educação está preparando uma Revolução Cultural […]
Sob o disfarce de ‘consulta pública’, pretende até junho ‘aprovar’ uma
radical mudança nos currículos dos ensinos fundamental e médio — antigos
primeiro e segundo graus. Nem a União Soviética teve coragem de fazer
uma mudança tão drástica como a ‘Base Nacional Comum Curricular’”,
introduziu Villa em seu artigo publicado recentemente.
De acordo com o professor, a proposta do MEC “é um crime de
lesa-pátria”, pois baniria a origem de diversas filosofias que não se
alinham à ideologia socialista/comunista abraçada pelo Partido dos
Trabalhadores e pretendida por seus políticos como absoluta no Brasil.
“Vou comentar somente o currículo de História do ensino médio. Foi
simplesmente suprimida a História Antiga. Seguindo a vontade dos
comissários-educadores do PT, não teremos mais nenhuma aula que trata da
Mesopotâmia ou do Egito. Da herança greco-latina os nossos alunos nada
saberão. A filosofia grega para que serve? E a democracia ateniense? E a
cultura grega? E a herança romana? E o nascimento do cristianismo? E o
Império Romano? Isto só para lembrar temas que são essenciais à nossa
cultura, à nossa história, à nossa tradição”, pontuou Villa.
Em sua análise da proposta, o professor concluiu que “os
comissários-educadores — e sua sanha anticivilizatória — odeiam também a
História Medieval”, pois omitiram os dez séculos marcados pela
“expansão do cristianismo e seus reflexos na cultura ocidental, o mundo
islâmico, as Cruzadas, e as transformações econômico-políticas”.
“Parece mentira, mas, infelizmente, não é. Mas tem mais: a Revolução
Industrial não é citada uma vez sequer, assim como a Revolução Francesa
ou as revoluções inglesas do século XVII […] [Os petistas não] perdoaram
também a História do Brasil. Os movimentos pré-independentistas — como
as Conjurações Mineira e Baiana — não existiram, ao menos no novo
currículo. As transformações do século XIX, a economia cafeeira, a
transição para a industrialização, foram desconsideradas, assim como a
relação entre as diversas constituições e o momento histórico do país”,
elenca.
Doutrinação
Essa não é a primeira tentativa de doutrinação do governo petista através da educação. Em 2015, o MEC havia tentado avançar
na implementação da ideologia de gênero nas escolas públicas
brasileiras e criou o Comitê de Gênero, para debater métodos de
abordagem do assunto. A iniciativa era uma clara tentativa de contornar a decisão do Congresso Nacional em 2014, que recusou a ideologia de gênero
como tema de ensino nas escolas. O MEC já havia ignorado essa decisão e
vinha exigindo que os estados e municípios instituíssem essa matéria no
currículo escolar. A pressão do governo não surtiu efeito, e a maioria
do deputados estaduais e vereadores também recusaram o tema em votações
nas suas respectivas esferas.
Posteriormente, o Comitê de Gênero teve suas funções modificadas,
assim como o nome. O então ministro, Renato Janine Ribeiro, terminou
demitido por Dilma e substituído por Aloízio Mercadante (PT), na reforma
ministerial.
Fonte: Gospel Prime
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